1 sociólogo também lê - MEU PAI O GENERAL SEM MEDO - Iva Delgado (Leya/Caminho))
Esta semana um livro especial, que fala de Um Homem que tudo Sacrificou para que Portugal fosse um País Moderno Democrático e acima de tudo, Livre!
O seu nome, HUMBERTO DELGADO!
Da editora Caminho/Leya, o testemunho de Iva Delgado, Licenciada em Filosofia, ensaísta e investigadora de História de Portugal, tem vasta e relevante obra, no período entre o final do século XVIII e até meados do seculo XIX.
Destaque para o período do ditador Salazar e seus acólitos que perpetuaram o regime, (por meia dúzia de tostões), por demasiado tempo; o tempo suficiente para mentalmente, ainda repetirmos os mesmos tiques prepotentes e caciqueiros dos velhos do restelo desta vida!
O Livro relata ainda casos concretos da colaboração estreita dos líderes da Igreja com a ditadura e a perseguição dentro da própria Igreja ao Padres, que tentavam ajudar as populações a serem mais empreendedoras.
Eu não sou muito de idolatrar humanos (1), sou mais de admirar, entender e tentar seguir o exemplo daqueles que construíram os meus valores centrais.
O meu pai e o seu percurso (o exilio para Moçambique), interligam-se com a extraordinária recepção a Humberto Delgado, o candidato, que chegaria de comboio à Estação de S.Bento, no auge da Ditadura. Talvez por isso, tenha querido saber mais sobre este Homem que morreu a lutar pela Democracia e Liberdade, valores, para mim, absolutamente centrais!
Conhecer o Humberto Delgado, o pai e o seu sacrifício pessoal.
Sacrifício de toda uma carreira bem-sucedida e brilhante; sacrifício que lhe retira a possibilidade de ver os filhos crescer; sacrifício de abandonar uma vida boa que tinha (vida dos que lambiam as botas de Salazar, como Marcelo, seu Pai, e muitos, muitos outros) para que o povo português pudesse progredir e evoluir, libertar-se e modernizar-se, face ao atraso que levava, comparado com outros países ocidentais.
Pois Iva Delgado sente exatamente isso; ela e as mulheres que teimam em ser livres, que foram as que mais sofreram no antigo regime ditatorial, como se nota no excerto acima (página155) quando em Alcochete dialoga com uma velha salineira que recorda a vida miserável e amedrontada de então!
(2) No momento em que escrevo, recordo as Jovens Mulheres Iranianas que hoje estão nas ruas a dar a vida pela Liberdade e um pouco de Igualdade!
Luís da Costa/22.
Amanhã, é dia de Música; 1 álbum desconhecido de uma banda muito conhecida!
*(não reproduza as imagens sem autorização expressa da Editora Leya/Caminho, fora do âmbito da divulgação do livro)
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